quarta-feira, 21 de maio de 2008

Fichamento de artigo sobre obesidade.

Id:481835
Autor:Quadros, Magda Rosa Ramos; Bruscato, Giovanna Teresa; Branco Filho, Alcides José.
Título:Compulsão alimentar em pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica / Binge-eating in pre-operative patients after bariatric surgery
Fonte:Psicol. argum;24(45):59-65, abr.-jun. 2006. ilus, graf.
Idioma:Pt.
Resumo:
Com o objetivo de verificar a prevalência de compulsão alimentar em obesos mórbidos durante o período pré-operatório de cirurgia bariátrica, aplicou-se o questionário de escala de compulsão alimentar periódica, em 30 pacientes atendidos no ambulatório de cirurgia bariátrica da santa casa de misericórdia da PUCPR, no período de abril e maio de 2005. Do total de pacientes, 26 eram do sexo feminino e 4 do sexo masculino. Verificou-se que 53,2 porcento dos entrevistados apresentaram compulsão alimentar moderada ou grave, sendo que 25 porcento dos pacientes com obesidade mórbida apresentaram compulsão alimentar grave. O IMC médio dos pacientes foi de 51,26 kg/m, sendo de 38,4 e de 50,44 kg/m, para pacientes com obesidade moderada e grave, respectivamente. Quando aplicado o teste qui-quadrado, não foi encontrada correlação significativa entre IMC e grau de compulsão alimentar (p>0,05). Com este estudo, conclui-se que os pacientes obesos mórbidos apresentam maiores índices de compulsão alimentar do que pacientes obesos, mas nada teve a ver o grau de compulsão com o IMC. O acompanhamento psicológico é de suma importância para a boa evolução do paciente, bem como o acompanhamento nutricional. Estudos futuros serão necessários para melhor compreensão, do quadro do paciente, sendo objetivo, para um próximo trabalho, a re-avaliação deles quando estes estiverem com 6 meses ou mais de pós-operatório para verificar a evolução do quadro.(AU)
Descritores:
Obesidade Mórbida
-CirurgiaAlimentação
Responsável:
BR85.1 - Serviço de Biblioteca e Documentação

terça-feira, 20 de maio de 2008

Obesidade no brasil.

A obesidade no Brasil tem sido reconhecida como um problema de saúde pública, por causa das suas conseqüências prejudiciais a saúde.

Como o que vem acontecendo em países desenvolvidos a população brasileira tambem tem apresentando maior tendência ao excesso de peso.

Segundo dados nacionais mais recentes (PNSN-1989) cerca de 27 milhões de pessoas maiores de 18 anos (32% ) apresentam algum grau de excesso de peso (IMC >= 25,0). Estes dados indicam que 27% dos homens e 38% das mulheres apresentam sobrepeso ou obesidade. No caso de obesidade (IMC >= 30,0) , revela que 8% da população adulta é obesa (6,8 milhões de indivÍduos). Destes, 70% são mulheres. A prevalência do excesso de peso tende a aumentar com a idade atingindo o maior valor na faixa etária de 45-54 anos ( 37% dos homens e 55% das mulheres).

Outra verificação feita pelo PNSN-1989 é que em todas as Regiões do Brasil, parcelas expressivas da população adulta apresentam sobrepeso ou obesidade, sendo que as menores prevalências são encontradas na Região Nordeste e as maiores, na Sudeste.

Esse gráfico nos leva a crer que o nível de obesidade esta ligado ao nível de desenvolvimento dessas regiões e que a obesidade vem a ser resultado da ma distribuição de renda. E, sabendo que 50% da população tem baixíssima renda, significa que a uma minoria no Brasil que esta com o chamado peso ideal (IMC>= 20,0).

gráfico e pesquisa retirados do site do ministério da saúde.

Como calcular o IMC (índice de massa corporal).


O índice de massa corporal tem sido largamente utilizado para determinar a faixa ideal de peso. Este índice pode ser obtido dividindo-se o peso corporal pelo quadrado da altura em metros. Por exemplo: uma pessoa que pese 75 Kg com uma altura de 1,68m, tem um IMC de 26,6 kg/m2, (75 divididos pelo quadrado de 1,68).

Índice de massa corporal

Apesar de não discriminar os componentes gordo e magro da massa corporal total, o IMC é o método mais utilizado para avaliação do grau de risco associado à obesidade, já que diversos estudos demonstram uma íntima relação entre IMC aumentado e risco de doenças.

Se você não quiser fazer contas, use este nomograma para o cálculo do Índice de Massa Corporal. Basta colocar uma régua cruzando as colunas de peso e altura nos pontos correspondentes às suas medidas. O ponto onde esta reta interceptar a coluna central representará a sua medida de IMC

COMO INTERPRETAR SEU RESULTADO DE IMC

Até 18,4 kg/m2:

Você está com o peso abaixo do normal. Consulte um especialista para saber se há algum problema com sua saúde que esteja causando este peso abaixo do normal, ou se o peso abaixo do normal pode estar de alguma forma ameaçando sua saúde.

18,5 a 24,9:

Seu peso está dentro da faixa considerada normal pela Organização Mundial de Saúde. Esta faixa vai de 18,5 a 24,9 de índice de massa corporal (IMC). Algumas pessoas, no entanto, já podem ter um maior risco de problemas metabólicas mesmo dentro desta faixa, principalmente se acumularem gordura na região interna do abdome. Uma maneira simples de avaliar isto é medir a circunferência da cintura. Mais de 80 cm de cintura em mulheres e 94 cm em homens podem indicar um possível excesso de gordura no interior do abdome.

Riscos à parte, muita gente que se encontra nesta faixa de peso considerada normal tenta emagrecer, principalmente por razões estéticas. Para estas pessoas recomenda-se apenas um planejamento alimentar saudável e a prática regular de atividades físicas. Os remédios para emagrecer em princípio não estão indicados.

24,5 a 29,9:

Você está dentro da faixa chamada de pré-obesidade pela Organização Mundial de Saúde. Sabe-se que este peso já pode representar um risco considerável para a saúde. Se você também está com a pressão alta, diabetes ou aumento de colesterol, os remédios para emagrecer serão indicados se você não conseguir emagrecer sem eles. Nunca utilize nenhum deles sem um acompanhamento médico cuidadoso. Mesmo utilizando medicamentos, lembre-se de que é muito importante um planejamento alimentar e a prática de atividades físicas. A eficácia dos medicamentos aumenta muito quando estes fundamentos não são esquecidos.

30,0 a 34,9:

Você está na faixa de peso denominada ?obesidade classe I? pela Organização Mundial de Saúde. Esta faixa vai de 30 a 34,9 kg/m2 de IMC. Seu peso já está causando um risco aumentado para várias doenças, incluindo o diabetes, a hipertensão arterial, o infarto do miocárdio e diversos tipos de câncer. Sua obesidade, por si só, já é considerada uma doença e necessita ser tratada com remédios. Procure seu médico para uma orientação adequada. Nunca utilize medicamentos sem acompanhamento médico, e lembre-se de que é muito importante um planejamento alimentar e a prática de atividades físicas. A eficácia dos medicamentos aumenta muito quando estes fundamentos não são esquecidos.

35,0 a 39,9:

Você está na faixa de peso denominada ?obesidade classe II? pela Organização Mundial de Saúde. Esta faixa vai de 35 a 39,9 kg/m2 de IMC. Seu peso já está causando um risco muito aumentado para várias doenças, incluindo o diabetes, a hipertensão arterial, o infarto do miocárdio e diversos tipos de câncer. Sua obesidade, por si só, já é considerada uma doença e necessita ser tratada com remédios. Se você além disso tem também diabetes, hipertensão arterial ou outra complicação importante da obesidade, a cirurgia para emagrecer pode ser a melhor solução para o seu caso. Procure seu médico para uma orientação adequada.

40 ou mais

Você está na faixa de peso denominada ?obesidade classe III? pela Organização Mundial de Saúde. Esta categoria engloba todos as pessoas com mais de 40 kg/m2 de IMC. Muitas vezes é chamada também de obesidade mórbida. Seu peso já está causando um risco altíssimo para várias doenças, incluindo o diabetes, a hipertensão arterial, o infarto do miocárdio e diversos tipos de câncer. A obesidade neste grau é considerada uma doença grave e necessita ser tratada com todos os recursos disponíveis, incluindo os remédios e a cirurgia para emagrecer. Procure seu médico para uma orientação adequada.

MÉTODOS PARA AVALIAR A COMPOSIÇÃO CORPORAL

Além do IMC e das medidas de circunferência (cintura e quadril), outros métodos podem ser utilizados para avaliar a composição corporal. Alguns são utilizados apenas em pesquisas e outros são pouco empregados na prática por seu elevado custo. Por não serem utilizados no dia-a-dia dos tratamentos para emagrecer, não vamos nos deter em alguns destes métodos: a pesagem hidrostática, a tomografia computadorizada, a ressonância magnética e o DEXA (densitometria).

Tratamento da obesidade.

A obesidade é uma doença séria e deve ser encarada como tal. Felizmente, a medicina moderna já possui diversos tratamentos para combatê-la de forma saudável e eficaz. Mas o primeiro passo para uma pessoa que possui este problema é assumi-lo para si próprio e desejar perseverar no processo de sua melhora.

O método mais indicado para o tratamento da obesidade irá variar de acordo com o grau da doença do paciente. Em casos em que o excesso de peso é menor, apenas uma boa dieta recheada de muitas frutas, legumes e fibras pode ser o processo mais indicado para se perder o peso extra. Todavia, como existem casos mais extremos, é necessário primeiro consultar um especialista no assunto capaz de indicar o nível da obesidade em questão e qual seria a melhor solução para tal.

Além da mudança no cardápio, é preciso combinar a prática de exercícios físicos ao tratamento da obesidade. Esta prática é de extrema importância não apenas para ajudar o aceleramento de queima de gordura localizada, mas principalmente para melhoras as condições físicas e de resistência da pessoa. Tudo isso, combinado com uma mudança consciente na reeducação alimentar e da escolha das atividades ideais que dê prazer ao paciente.

O método geral de tratamento da obesidade pode incluir diversos elementos que possuem igualmente diversos níveis de risco à saúde humana. Mas todos os métodos serão ineficazes se a própria força de vontade e perseverança do paciente não for a principal válvula de impulso nesta batalha por uma vida mais saudável.

Índice de massa corporal.


Para manter o equilíbrio da sua saúde sempre em dia, é importante estar constantemente se preocupando em medir seu índice de massa corporal e em seguida, comparar os resultados com aqueles são indicados como os que deveriam ser ideais de acordo com sua idade, altura e peso atuais.

Realizar este exame é importante para a manutenção do seu organismo de forma equilibrada, pois é ele quem irá identificar um possível grau de obesidade que você possa possuir, se este for o caso. Além disso, é este exame que irá demonstrar quais as medidas que deveriam ser as mais próximas para você estar numa faixa ideal de peso que não venha comprometer sua saúde no futuro.

A ABESO – Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica permite um cálculo rápido e eficaz que qualquer internauta pode realizar através do seu site na internet. Indicando informações pessoais como peso e altura atuais, o adulto tem seu resultado em poucos segundos e ainda pode compará-lo instantaneamente através das tabelas apresentadas no próprio site. Estas tabelas indicam variações que vão desde um índice abaixo do peso, passando pelo peso ideal, o sobrepeso e os três níveis diferentes de obesidade conhecidos.

Ter em mente o quão próximo da faixa ideal para sua estatura e sua idade referenciada pelo índice de massa corporal é importante para manter o corpo sempre sadio e sem riscos de possíveis doenças serem desenvolvidas no futuro. Desta forma, você estará prevenindo e cuidando não só da sua saúde, mas também dos possíveis filhos que você possa vir a ter um dia.

O que é obesidade?


A obesidade é uma doença que atinge milhares de pessoas nos dias de hoje e que tem este índice em constante crescimento nas últimas décadas. Com todas as facilidades que o mundo moderno oferece, com sua lei do menor esforço, cada vez mais e mais pessoas estão desenvolvendo este acúmulo de gordura localizada de forma prejudicial.

O fenômeno da obesidade também é conhecido como nediez ou pimelosa, que origina da palavra grega pimelé, que significa gordura, com o radical ose, que significa processo mórbido. Só por esta definição vocabular já é possível obter uma idéia do quão grava pode ser tornar esta doença. Pode-se entender como obesidade o acúmulo excessivo e patológico de gordura no organismo, que atinge tanto a seres humanos quanto a animais.

A medição feita para se saber se a obesidade está a um nível superior é realizada através de uma comparação entre o peso e a altura ideal em uma pessoa. De acordo com essas medições, é possível chegar a um peso ideal, que não deve passar de quinze por cento acima ou abaixo desta faixa atribuída. Quando esta porcentagem se encontra acima do nível considerado ótimo para uma vida saudável, é detectado a doença da obesidade e um tratamento deve ser prontamente iniciado.

A linha tênue que divide a obesidade do peso comum de uma pessoa é muito variável, por isso deve-se sempre tomar muito cuidado com a sua própria alimentação diária e tentar, sempre que possível, dar preferência a alimentos mais nutritivos para seu organismo.

Pesquisa feita no cochrane.

Cirurgia para obesidade mórbida
Colquitt J, Clegg A, Sidhu M, Royle P
Esta revisão deve ser citada como: Colquitt J, Clegg A, Sidhu M, Royle P. Cirurgia para obesidade mórbida (Cochrane Review). In: Resumos de Revis�es Sistem�ticas em Portugu�s, Issue 4, 2007. Oxford: Update Software.

Resumo
Objetivos
Avaliar os efeitos da cirurgia para obesidade mórbida no peso, nas co-morbidades e na qualidade de vida.
Antecedentes
A obesidade está associada a aumento da morbidade e da mortalidade. Pode-se considerar a cirurgia para essa doença quando há falha dos tratamentos convencionais. Há vários procedimentos disponíveis para essa cirurgia, mas ainda não se tem certeza sobre os efeitos da intervenção quando esses procedimentos são comparados com o tratamento clínico ou entre si.
Estratégia de pesquisa
The Cochrane Controlled Trials Register (issue 4, 2001), Medline (SilverPlatter) até 2001, PubMed (Internet) 01/01/01-19/10/01, Embase (SilverPlatter) até 09/2001, PsychINFO até 10/2001, CINAHL (SilverPlatter) até 07/2001, Science and Social Sciences Citation Index até 10/12001, British Nursing Index até 07/2001, Web of Science Proceedings até 06/2001, BIOSIS até 10/2001, AMED até 07/2001, National Research Register (issue 2, 2001), referências dos artigos importantes, busca manual de periódicos relevantes e contato com especialistas. Data da última busca: outubro/2001.
Critério de seleção
Ensaios controlados randomizados que compararam procedimentos cirúrgicos diferentes e ensaios controlados randomizados ou não randomizados que compararam cirurgia com tratamento não cirúrgico para pessoas com obesidade mórbida.
Recompilação e análise de dados
Um revisor extraiu os dados, que foram verificados independentemente por dois revisores. Dois revisores avaliaram a qualidade dos estudos também de modo independente.
Resultados principais
Foram incluídos 18 estudos com 1891 pessoas. um ensaio controlado randomizado e um ensaio controlado não-randomizado compararam cirurgia com tratamento não cirúrgico, e 11 ensaios controlados randomizados compararam procedimentos cirúrgicos diferentes. A qualidade geral dos estudos foi variável, e apenas um estudo tinha ocultação da alocação adequada. Não foi possível a realização de metanálise devido a diferenças nos procedimentos cirúrgicos, nas medidas de alteração de peso e na duração do seguimento. Comparada com o tratamento convencional, a cirurgia levou a perda de peso maior (23-28 kg perdidos a mais, em dois anos) e apresentou melhora da qualidade de vida e das co-morbidades. Ocorreram algumas complicações da cirurgia, como infecção da ferida cirúrgica. O bypass gástrico associou-se a maior perda de peso e a menos revisões da cirurgia, reoperações e/ou conversões do que a gastroplastia, mas causou mais efeitos colaterais. A banda gástrica ajustada relacionou-se a perda de peso maior, a menos efeitos colaterais e a menos reoperações do que a gastroplastia vertical com banda, que, por sua vez, associou-se a perda de peso maior, mas a mais vômitos, do que a gastroplastia horizontal. Os estudos relataram algumas mortes no pós-operatório. A perda de peso foi semelhante entre as cirurgias abertas e as laparoscópicas. A cirurgia laparoscópica associou-se a maior tempo de cirurgia, mas levou a menos complicações graves, a menos perda de sangue, a uma proporção menor de pacientes que necessitaram de internação em UTI, a um tempo menor de permanência no hospital e a menos dias para o retorno do paciente às atividade diárias e ao trabalho.
Conclusões dos revisores
As poucas evidências disponíveis sugerem que a cirurgia é mais efetiva do que o tratamento convencional para perda de peso na obesidade mórbida. Não está clara a segurança e a efetividade dos diferentes procedimentos cirúrgicos quando comparados entre si.

Pesquisa epidemiológica sobre obesidade.

Sábado, 1 de Dezembro de 2007

Epidemiologia da obesidade
A epidemiologia da obesidade estuda a frequência e distribuição desta doença nas diversas populações, bem como os possíveis factores que determinam o seu aparecimento ou desenvolvimento.A obesidade é uma realidade que atinge todos os estratos etários da população, daí a ser considerada um dos maiores problemas de Saúde Pública. Naturalmente que existem, também relativamente a este aspecto, algumas opiniões diferentes. Alguns autores, por exemplo, defendem que a obesidade é particularmente mais grave em crianças e adolescentes porque apresentam o risco de se tornarem também adultos obesos. É assim considerado um dos transtornos nutricionais mais frequentes nas crianças e adolescentes e a sua prevalência, nestes escalões etários, tem vindo a aumentar gradualmente nos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas relativamente a este ponto, teremos oportunidade de, mais à frente, desenvolvê-lo e perceber melhor o impacto e as repercussões que a obesidade tem na adolescência.O interesse em reconhecer dados epidemiológicos está em estabelecer graus de risco, que permitam programar linhas de actuação específicas para um determinado grupo. Neste sentido, é conhecido que existe uma correlação clara entre a gravidade da obesidade e a frequência de desenvolvimento de complicações, que é máxima quando o índice de massa corporal ultrapassa valores de 40kg/m2.De acordo com dados recolhidos na obra de Ogden, J. (2001), as taxas de obesidade estão a aumentar no Reino Unido. Se ela for definida como um IMC maior do que 30, os dados mostram que, em 1980, 6% dos homens e 8% das mulheres eram obesos, o que aumentou para 13% e 16% em 1994; prediz-se que em 2005 estes números terão aumentado para 18% e 24%, respectivamente (Department of Health, 1995). Estimativas dos EUA sugerem que 24% dos homens e 27% das mulheres são, no mínimo, ligeiramente obesos (Kuczmarski, 1992) e que as mulheres se têm tornado especialmente pesadas nos últimos anos (Flegal et al., 1988). No mundo, as taxas de obesidade mais altas são encontradas na Tunísia, EUA, Arábia Saudita e Canadá, e as mais baixas na China, Mali, Japão, Suécia e Brasil; o Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia estão colocados numa posição intermédia. Na Europa, as taxas mais altas são na Lituânia, Malta, Rússia e Sérvia, e as mais baixas na Suécia, Irlanda, Dinamarca e Reino Unido. No seu conjunto, os povos da Europa do Norte e Oeste são mais magros dos que os do Leste e Sul e as mulheres têm mais probabilidade de obesidade do que os homens.

Pesquisa epidemiológica sobre obesidade.

Sábado, 1 de Dezembro de 2007

Epidemiologia da obesidade
A epidemiologia da obesidade estuda a frequência e distribuição desta doença nas diversas populações, bem como os possíveis factores que determinam o seu aparecimento ou desenvolvimento.A obesidade é uma realidade que atinge todos os estratos etários da população, daí a ser considerada um dos maiores problemas de Saúde Pública. Naturalmente que existem, também relativamente a este aspecto, algumas opiniões diferentes. Alguns autores, por exemplo, defendem que a obesidade é particularmente mais grave em crianças e adolescentes porque apresentam o risco de se tornarem também adultos obesos. É assim considerado um dos transtornos nutricionais mais frequentes nas crianças e adolescentes e a sua prevalência, nestes escalões etários, tem vindo a aumentar gradualmente nos países desenvolvidos e em vias de desenvolvimento. Mas relativamente a este ponto, teremos oportunidade de, mais à frente, desenvolvê-lo e perceber melhor o impacto e as repercussões que a obesidade tem na adolescência.O interesse em reconhecer dados epidemiológicos está em estabelecer graus de risco, que permitam programar linhas de actuação específicas para um determinado grupo. Neste sentido, é conhecido que existe uma correlação clara entre a gravidade da obesidade e a frequência de desenvolvimento de complicações, que é máxima quando o índice de massa corporal ultrapassa valores de 40kg/m2.De acordo com dados recolhidos na obra de Ogden, J. (2001), as taxas de obesidade estão a aumentar no Reino Unido. Se ela for definida como um IMC maior do que 30, os dados mostram que, em 1980, 6% dos homens e 8% das mulheres eram obesos, o que aumentou para 13% e 16% em 1994; prediz-se que em 2005 estes números terão aumentado para 18% e 24%, respectivamente (Department of Health, 1995). Estimativas dos EUA sugerem que 24% dos homens e 27% das mulheres são, no mínimo, ligeiramente obesos (Kuczmarski, 1992) e que as mulheres se têm tornado especialmente pesadas nos últimos anos (Flegal et al., 1988). No mundo, as taxas de obesidade mais altas são encontradas na Tunísia, EUA, Arábia Saudita e Canadá, e as mais baixas na China, Mali, Japão, Suécia e Brasil; o Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia estão colocados numa posição intermédia. Na Europa, as taxas mais altas são na Lituânia, Malta, Rússia e Sérvia, e as mais baixas na Suécia, Irlanda, Dinamarca e Reino Unido. No seu conjunto, os povos da Europa do Norte e Oeste são mais magros dos que os do Leste e Sul e as mulheres têm mais probabilidade de obesidade do que os homens.

Resultado da pesquisa do Lilacs.

Id:
481835
Autor:
Quadros, Magda Rosa Ramos; Bruscato, Giovanna Teresa; Branco Filho, Alcides José.
Título:
Compulsão alimentar em pacientes no pré-operatório de cirurgia bariátrica / Binge-eating in pre-operative patients after bariatric surgery
Fonte:
Psicol. argum;24(45):59-65, abr.-jun. 2006. ilus, graf.
Idioma:
Pt.
Resumo:
Com o objetivo de verificar a prevalência de compulsão alimentar em obesos mórbidos durante o período pré-operatório de cirurgia bariátrica, aplicou-se o questionário de escala de compulsão alimentar periódica, em 30 pacientes atendidos no ambulatório de cirurgia bariátrica da santa casa de misericórdia da PUCPR, no período de abril e maio de 2005. Do total de pacientes, 26 eram do sexo feminino e 4 do sexo masculino. Verificou-se que 53,2 porcento dos entrevistados apresentaram compulsão alimentar moderada ou grave, sendo que 25 porcento dos pacientes com obesidade mórbida apresentaram compulsão alimentar grave. O IMC médio dos pacientes foi de 51,26 kg/m, sendo de 38,4 e de 50,44 kg/m, para pacientes com obesidade moderada e grave, respectivamente. Quando aplicado o teste qui-quadrado, não foi encontrada correlação significativa entre IMC e grau de compulsão alimentar (p>0,05). Com este estudo, conclui-se que os pacientes obesos mórbidos apresentam maiores índices de compulsão alimentar do que pacientes obesos, mas nada teve a ver o grau de compulsão com o IMC. O acompanhamento psicológico é de suma importância para a boa evolução do paciente, bem como o acompanhamento nutricional. Estudos futuros serão necessários para melhor compreensão, do quadro do paciente, sendo objetivo, para um próximo trabalho, a re-avaliação deles quando estes estiverem com 6 meses ou mais de pós-operatório para verificar a evolução do quadro.(AU)
Descritores:
Obesidade Mórbida
-CirurgiaAlimentação
Responsável:
BR85.1 - Serviço de Biblioteca e Documentação

Pesquisa na Anvisa.

Brasília, 14 de janeiro de 2005 - 10hDesnutrição na infância pode provocar obesidadeEstudos mostram que a doença aumenta cada vez mais entre as populações de menor renda. Distúrbios orgânicos e má alimentação são alguns dos fatores responsáveis
O desnutrido de hoje poderá ser o obeso de amanhã. É o que dizem especialistas. Eles garantem que obesidade não é só doença de rico. Famílias de baixo poder aquisitivo estão expostas ao problema, que também é de natureza social e pode ter relação com a desnutrição na infância. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período de julho de 2002 a junho de 2003, com o apoio do Ministério da Saúde, em adultos acima dos 20 anos, 38,6 milhões de brasileiros estão acima do peso. Desses, 10 milhões são obesos.

Para a coordenadora da Política Nacional de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Maria de Fátima Carvalho, o estudo é muito importante e não pode ser interpretado equivocadamente. “A pesquisa publicou dados sobre a população adulta. Esses dados trazem tendências de médias nacionais que podem encobrir diferenças importantes de gênero, raça e estado fisiológico. Essas tendências precisam ser investigadas”, afirma Maria de Fátima.A coordenadora destaca estatísticas do estudo que mostram que as mulheres mais pobres, em idade fértil, têm maior prevalência de desnutrição e, portanto, podem gerar crianças de baixo peso, com maior risco de morrer no primeiro ano de vida. Segundo ela, esse quadro indica que a desnutrição continua a ser problema no Brasil. Junto a isso, informações de pesquisas anteriores ainda revelam prevalência alta de desnutrição crônica em crianças menores de cinco anos, resultado de exposições freqüentes à fome e às doenças infantis desde o nascimento. A diminuição da desnutrição na idade adulta e o aumento do número de obesos é uma tendência no Brasil desde meados da década de 80 e caracteriza o que os especialistas chamam de transição nutricional. “Isso é conseqüência do aumento da expectativa de vida, associado às mudanças nos padrões tecnológicos, culturais e sociais e no estilo de vida, mas não significa que o País resolveu o problema da fome”, ressalta Maria de Fátima. “Em um domicílio onde moram obesos podem existir crianças desnutridas. É necessário acabar com a concepção de que o problema da obesidade é da classe rica. Hoje ela é um problema de todas as classes sociais”, reforça. Na opinião de Maria de Fátima, a coexistência entre obesidade e insegurança alimentar e nutricional em uma mesma família desperta perguntas sobre a associação entre fome e excesso de peso. “Como explicar que indivíduos que não possuem dinheiro necessário para a alimentação podem apresentar excesso de peso?”, questiona a coordenadora. Maria de Fátima lembra que em outros países estudos demonstraram essa relação e apontaram que entre as mulheres altas taxas de obesidade associam-se à desnutrição, à pobreza e ao baixo nível de escolaridade. “No Brasil ainda não temos estudos que expliquem com clareza esse paradoxo. Precisamos desses estudos para compreender essa situação e assegurar intervenções governamentais que incluam a prevenção e o declínio da obesidade”. A opinião de Maria de Fátima é compartilhada pelo coordenador do Comitê Permanente de Nutrição das Organizações das Nações Unidas (ONU) no Brasil, Flavio Valente. “Não podemos tratar a obesidade como um problema individual e sim como uma questão de preocupação pública”, afirma.
Valente também encara a pesquisa do IBGE como um alerta às conseqüências da fome. “A pesquisa não trouxe novidades positivas como muitos alardearam. Hoje, cerca de 40% das mulheres em idade fértil sofrem de anemia” explica. Flávio Valente lembra que o combate à desnutrição infantil começa desde que a criança está na barriga da mãe. Por isso, as mulheres necessitam de atenção especial. Estudos científicos demonstram que a criança que sofre de desnutrição, desde o ventre até os dois anos, têm o seu metabolismo afetado. Essa disfunção faz com que no futuro essa criança tenha tendência a desenvolver a obesidade.

Pesquisa no Pub Med.

MRC Epidemiology Unit, Instituto de Ciências metabólicas, Addenbrooke's Hospital, Box 285, Hills Road, Cambridge, CB2 0QQ, Reino Unido. AIMS / hipótese: A atividade física é importante na prevenção da resistência à insulina, mas não é clara a dimensão da actividade, que confere esse benefício. Analisámos a associação de nível global ea intensidade da actividade física em jejum nível de insulina, um marcador de resistência à insulina. MÉTODOS: Esta foi uma transversal de análise do Conselho de Investigação Médica Ely coorte estudo de base populacional (2000-2002). A actividade física gasto energético (PAEE), em kJ kg (-1) min (-1) foi medido pela freqüência cardíaca com acompanhamento individual de calibração durante um período de 4 dias. A percentagem do tempo gasto acima de 1,5, 1,75 e 2 vezes descansando cardíaca (RHR) representados todos os luz-a-vigorosa, moderada a vigorosa e enérgica atividade, respectivamente. RESULTADOS: Os dados de um total de 643 indivíduos não-diabéticos (319 homens, 324 mulheres) com idades de 50 a 75 anos foram analisadas. Na análise multivariada de regressão linear, ajuste por idade, sexo e percentual de gordura corporal, PAEE foi significativamente associada com insulina jejum (pmol / l) (beta = -0,875, p = 0,006). Tempo (% do total) x 1,75 gasto acima RHR e também de tempo gasto acima 2 x RHR ambos foram significativamente associados com jejum de insulina (beta = -0,0109, p = 0,007 e beta = -0,0365, p = 0,001, respectivamente), após o ajuste para PAEE, idade, sexo e percentual de gordura corporal. O tempo gasto acima de 1,5 x RHR não foi significativamente associada com insulina em jejum de um modelo semelhante (beta = -0,0026, p = 0,137). CONCLUSÕES / INTERPRETAÇÃO: A associação entre PAEE jejum e nível de insulina, um marcador de resistência à insulina, pode ser atribuível ao tempo despendido em moderada a vigorosa e enérgica actividade, mas não a tempo gasto em função de intensidade da actividade física.

Primeira pesquisa do Decs.

Descritor Inglês:

Obesity
Descritor Espanhol:

Obesidad
Descritor Português:

Obesidade
Categoria:

C18.654.726.500C23.888.144.699.500E01.370.600.115.100.160.120.699.500G07.290.100.160.120.699.500G07.574.249.314.120.699.500SP6.016.047
Definição Português:

Estado no qual o PESO CORPORAL está grosseiramente acima do peso aceitável ou ideal, geralmente devido a acúmulo excessivo de GORDURAS no corpo. Os padrões podem variar com a idade, sexo, fatores genéticos ou culturais. Em relação ao ÍNDICE DE MASSA CORPORAL, um IMC maior que 30,0 kg/m2 é considerado obeso e um IMC acima de 40,0 kg/m2 é considerado morbidamente obeso (OBESIDADE MÓRBIDA).